quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

POEMA: POR QUÊ TERMINAR ASSIM?
PÚBLICO-ALVO: MAIOR DE 18
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FOTO: Google

Ouço a chuva cantando em meu telhado
Lembranças dos nossos beijos
Fazem morada cerebral em meu subconsciente
O aroma do seu perfume no meu manto
Olho em minha volta e noto lentamente
Você não estás ao meu lado, tudo está terminado
\
Nasce a dor hipodérmica
Perfurando as estranhas do meu peito
Machucando o frágil coração indefeso
Provocando imensa dor por completo
Ao levares a minha alma consigo sem te dar o direito
\
Não quero mais recordar
Não quero mais recordar as nossas brincadeiras
Não quero mais recordar as nossas promessas
Não quero mais recordar os nossos acordos
Não quero mais recordar os nossos beijos
Não quero mais recordar as nossas noites de amor
A quem estou enganar afinal?
Só o facto de dizer estas palavras
Já estou recordando todos os nossos momentos
Por quê terminar assim musa do vento.
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Por quê terminar assim Cinderela
Fizeste nascer um adeus não programado
Um adeus sem regresso, sem esperança de volta
Você se foi, agora tornei-me um chorão perdido
Choro em todas as noites as vinte horas
Lembrando-me quando conheci os seus lábios
Horas em que nascia uma aliança de apaixonados
Mas agora pergunto, como ficam as nossas promessas?
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Por quê terminar assim? Diz-me pelo menos o motivo
No fundo do meu coração ainda te encontro
Com esperanças de que um dia tu voltarás
Para darmos continuidade no que traçamos
Cuidar dos nossos filhos que planeamos
A voz da esperança fala mais alto
Tenho a plena certeza que essa dor vai logo findar
Pois até agora não acredito que terminou assim.

POR: Flávio Poeta Melancólico – 28.12.2017 

O POETA ESTÁ VIVO

POEMA: O POETA ESTÁ VIVO
PÚBLICO-ALVO: GERAL
FLÁVIO POETA MELANCÓLICO
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Viva a poesia, viva o poeta
A criatura das letras, da voz hipnotizante
O fazedor de emoções ainda está vivo
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O vento sopra pelo norte
A chuva cai pelo mar insaciável
Faça o sol radiante no deserto
Nasce o terramoto brusco na polis
O camponês lança a semente na terra
No amanhecer germina o fruto no campo
O poeta da caneta vermelha e azul ainda está vivo
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Houve-se o som do batuque e da marimba
Houve-se o som da guitarra e do piano
Entra na roda a bailarina de quadris incríveis
Toques divinais comovem o coração do enamorado
Em sintonia
Houve-se mais uma letra solta nas nuvens
O poeta declamava um poema de amor e paixão
Olharam todos e disseram em um ritmo
O poeta está vivo
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Depois da chuva
Foi composto mais um poema
O trovador está no ápice da inspiração lírica
O ritmo das estrofes elevam-se nas nuvens
Palavras contagiantes flutuam nos ares da literatura
Nos corações dos amantes da poesia nasce a ternura
Simpatizavam-se com os versos das letras da caneta do poeta
E logo confessaram em seus corações
O poeta está vivo
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Aldeias beijam a mais bela felicidade
Dos copos embriagados nasce a euforia
Logo ao por do sol todos em simultâneo deliram
A poesia é a nossa idolatrada deusa amada
Todos deliram, a poesia é o nosso adorável manjar
Todos deliram, a poesia é a noiva do altar
Num olhar feliz, observam a chegada do poeta
Em coro eles cantam:
O poeta não morreu
O poeta está vivo
Doce são as suas palavras
Rico é os seus ensinamentos
Proveitoso são os seus provérbios
Comovente é a sua voz
Viva a poesia
Viva o poeta
O poeta está vivo


POR: Flávio Poeta Melancólico – 28.12.2017